Leituristas da SAE relatam dificuldade em medir o consumo de água em alguns estabelecimentos do comércio, principalmente na região central de Ourinhos. Em muitos casos os hidrômetros ficam atrás de mostruários e estoques de produtos, o que transforma uma simples leitura em uma complexa operação envolvendo até os funcionários das lojas.
A SAE acompanhou o trabalho de um leiturista nas imediações do calçadão da Paraná. Em cerca de 20 minutos, foram encontrados problemas em pelo menos quatro locais.
- Em uma loja de roupas foi preciso deslocar um cabide de exposição de roupas e abrir um painel para o leiturista ter acesso ao hidrômetro.
- Em uma filial do setor de varejo o mostruário de móveis teve que ser removido.
- A funcionária de uma ótica precisou transferir todo o aparato de computadores da bancada para dar acesso ao hidrômetro.
- E, em uma loja de doces, uma funcionária acompanhou o leiturista até o estoque onde uma prateleira com produtos escondia o registro.
PADRONIZAÇÃO
Para evitar tais transtornos a SAE está notificando as lojas do comércio a instalar hidrômetros em local acessível aos leituristas seguindo os parâmetros da Lei 1.082 de 23 de dezembro de 2020. De acordo com o artigo 49 da lei 1.082, o hidrômetro deve ser instalado em caixa padronizada, assentada na divisa do imóvel, com visor voltado para a rua. O local de instalação deve possibilitar livre acesso para manutenção do equipamento e coleta da leitura, sem a necessidade do leiturista entrar nas dependências da residência ou estabelecimentos comerciais.
OUTRAS SITUAÇÕES
Hidrômetros com o visor bloqueado ou distantes da fachada das residências, também impedem o trabalho de aferição do consumo de água. Outra ocorrência comum são cachorros soltos que colocam em risco a integridade dos servidores. Mordidas são frequentes. A SAE pede que os moradores deixem o visor dos equipamentos livre e que os animais fiquem presos.
Ourinhos possui ao todo, cerca de 43 mil ligações de água. Quase 4 mil hidrômetros estão em locais inacessíveis aos leituristas. Na maioria das vezes nenhum responsável pela residência é encontrado para permitir a entrada do leiturista, impossibilitando a medição de consumo.