SAE Ourinhos

Chuva é insuficiente e nível do Pardo continua crítico; SAE pede economia de água

As chuvas que atingiram Ourinhos ao longo de quinta-feira (09) foram insuficientes para recuperar o nível do Rio Pardo que segue em estado crítico. Apesar dos 24 milímetros de precipitação, o nível do rio no local de captação de água marcava 1,20 metro na manhã de sexta-feira (10). Se as águas atingirem 1 metro, a captação precisa ser paralisada para não queimar bombas e outros equipamentos. Isso pode afetar o abastecimento interrompendo o fornecimento de água para o município.

Esse fato vem preocupando os profissionais da Estação de Tratamento de Água, que pedem para a população economizar, utilizando água de forma consciente. O problema é tão grave que a Prefeitura publicou decreto proibindo o desperdício de água em Ourinhos. Em 20 dias de vigência cerca de 100 moradores flagrados lavando a calçada ou garagem com mangueiras já foram notificados por fiscais da SAE.

A população está sendo orientada a usar água de forma consciente. O infrator flagrado desperdiçando água será notificado. Em caso de reincidência, será autuado no valor que varia de R$ 1.051,80 a R$ 2.103,60. A multa será dobrada em caso de novo descumprimento do decreto. O infrator também pode ter a água cortada. As denúncias sobre desperdício de água devem ser feitas pelo telefone da SAE 3302-1000 (mesmo número do WhatsApp), via e-mail atendimento@saeourinhos.com.br ou presencialmente na sede da autarquia, na Avenida Altino Arantes, 369, centro.

PROBLEMA

O problema da água não é exclusivo de Ourinhos. Diversas cidades do interior paulista, algumas delas em nossa região, já enfrentam falta d’água ou racionamento provocadas pelo baixo nível de rios ou reservatórios em decorrência do longo período sem chuvas. Bauru (124 Km), São José do Rio Preto (285 Km), Itu (309 Km), Salto (322 Km) e Suzanápolis (388 Km) instituíram rodízio para minimizar os efeitos da falta de água. A cidade de Franca (415 Km), Penápolis (212 Km) e Guararapes (280 Km) deixaram a população de sobreaviso. Na capital Paulista, o Sistema Cantareira, represas que abastecem metade da população da região metropolitana já está operando abaixo de 40% da capacidade.

GESTÃO

Enquanto dezenas de municípios da região já enfrentam racionamento ou falta de água, Ourinhos segue com a produção e abastecimento normalizado. A interrupção no fornecimento de água ocorre apenas em casos excepcionais, como em consertos de vazamentos na rede ou manutenção de equipamentos. A garantia de água nas torneiras vem sendo possível devido a uma série de ações estratégicas adotadas pela autarquia para combater a crise hídrica.

Entre as medidas estão o combate a fraude de hidrômetros, reparos de vazamentos, geofonia, desassoreamento na captação de água da ETA (Estação de Tratamento de Água) e monitoramento 24 horas dos reservatórios por meio de sensores. No entanto, o forte calor e ausência de chuvas vêm comprometendo o nível do Rio Pardo e a captação de água pode ser paralisada caso as águas fiquem com menos de um metro de altura. Por isso é importante que a população continue contribuindo utilizando água de forma racional, sem desperdício.

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